Prótese de Silicone nos Seios: Tire suas Dúvidas

A cirurgia para aumentar os seios é a segunda mais procurada pelas mulheres, perdendo apenas para a lipoaspiração.

São feitas mais de 100 mil cirurgias desse tipo no Brasil por ano. E como qualquer cirurgia, ela exige cuidados. Procurar um bom médico e investir em próteses de silicone de qualidade é apenas o básico.

Prótese de silicone nos seios: principais dúvidas

Qual é a prótese certa para mim?

Existem modelos de próteses de silicone com várias opções de volume e formato.

O médico é quem deve indicar qual é a melhor opção. Ele vai levar em conta a altura da paciente, largura da base da mama, dimensões do tórax e do colo.

A qualidade da prótese é importante. Veja a sua procedência e se é de alguma marca aprovada pela FDA (agência que controla produtos médicos nos EUA). Nem pense em economizar com isso!

Como encontrar um bom cirurgião plástico?

Confirme se ele é experiente em cirurgia plástica e se é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Você pode verificar através do site www.cirurgiaplastica.org.br.

Outra dica é conversar com pessoas que já fizeram a operação com o profissional.

A prótese impede a mulher de amamentar?

Não. A prótese de silicone é inserida abaixo do tecido glandular, evitando alterações nos canais por onde o leite é conduzido até o bico do seio.

O silicone pode atrapalhar o diagnóstico de câncer de mama?

Uma pesquisa recente revelou que as mulheres com prótese de silicone têm mais risco de ter a doença diagnosticada apenas no estágio mais avançado.

Por outro lado, foi comprovado que o silicone facilita a detecção manual dos tumores, pois ele fornece uma superfície onde o nódulo se apoia. Mas fique tranquila.

A prótese de silicone não provoca câncer de mama.

Há algum tipo de complicação causado pela prótese?

Nosso organismo forma ao redor da prótese uma membrana fibrosa chamada de cápsula. Esse é um processo normal de defesa.

No primeiro ano após a cirurgia, esse tecido em volta do silicone tende a se contrair e dependendo da intensidade, o seio pode ficar dolorido, duro e perder a aparência natural.

Em casos graves, pode ser necessária a remoção do tecido e ainda substituição da prótese.

Mas com a evolução das próteses de silicone, esse risco caiu muito.

O uso de medicamentos específicos e a orientação para usar sutiã de contenção nos primeiros meses após a cirurgia também contribuem para a redução desse problema.

Que anestesia é usada nessa cirurgia?

A anestesia mais utilizada é a local com sedação. Mas podem ser utilizadas ainda a peridual ou geral. Isso vai depender da experiência do profissional.

É possível evitar que a cirurgia deixe cicatriz?

Não, mas você pode conversar com seu médico e decidir o melhor local para a incisão: a base do seio (inframamária), no bico (periareolar) ou embaixo do braço (via axilar).

A primeira é a mais comum, mas depende da idade, do tipo de pele e da capacidade de cicatrização da paciente.

Já a segunda, apesar de ficar quase invisível, não pode ser feita em mulheres que têm a aréola muito pequena, com menos de 2,5 centímetros de diâmetro.

A terceira é uma técnica mais complexa e, por isso, costuma ser usada em menos de 5% das pacientes.

A cirurgia é demorada?

Depende do caso. Normalmente não ultrapassa três horas. E a internação varia entre 12 a 24 horas.

O pós-operatório é dolorido?

No início, as dores são controladas com analgésicos. Mas depende muito da técnica utilizada.

A colocação da prótese atrás do músculo é a mais invasiva e, portanto, a que oferece um pós-operatório mais dolorido. Porém garante um resultado natural.

E a recuperação?

Geralmente, sim. Mas demora no mínimo uma semana, quando a paciente pode ser liberada para voltar ao trabalho.

Há algumas recomendações como evitar carregar peso antes de 2 meses. O ideal é esperar até seis meses para a retomada de todas as atividades, inclusive malhar com peso.

A prótese deve ser substituída? Depois quanto tempo?

Não há nenhum prazo de validade fixo para próteses de silicone. Uma prótese de boa qualidade pode ser mantida por mais de 15 anos.

Apenas exames clínicos podem apontar se é necessária a troca das próteses devido a desgaste, por exemplo. Esses exames devem ser feitos periodicamente.

De acordo com o protocolo americano, além dos exames tradicionais, como ultrassom, após cinco anos é necessária a realização de uma ressonância magnética, que precisa ser repetida com dez anos e, depois, a cada três.