O câncer de tireoide afeta três vezes mais mulheres do que homens entre 20 e 65 anos. O sintoma mais frequente e principal é o surgimento de um nódulo palpável ou visível na área da tireoide ou pescoço.
Para entender melhor o que é, quais os sintomas e tratamentos para o câncer de tireoide, basta continuar com a leitura deste conteúdo!
O que é tireoide?
A tireoide é uma glândula responsável por regular a função de órgãos vitais como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) são produzidos por ela.
Isso garante o equilíbrio do organismo. A glândula tem formato borboleta (dois lóbulos) e se encontra na região anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Ado.
Em comparação com outras partes do corpo humano, a tireoide é bem pequena, mas é considerada como uma das maiores glândulas, pois pode pesar até 25 gramas em um adulto.
A tireoide atua direto em diversos setores, como:
- No crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes;
- Regulação dos ciclos menstruais;
- Fertilidade;
- Peso;
- Memória;
- Concentração;
- Humor;
- Regulação emocional.
Quando a tireoide está com algum problema, tende a liberar hormônios em quantidade excessiva (hipertiroidismo) ou insuficiente (hipotireoidismo).
Em ambas as situações, o volume da glândula aumenta, fenômeno conhecido como bócio. Esses problemas podem surgir em qualquer fase da vida e são bastante fáceis de diagnosticar.
Porém, o câncer de tireoide é um dos problemas mais graves que podem afetar essa glândula.
Principais sintomas
Entre os maiores sintomas de câncer de tireoide, é possível mencionar os seguintes:
- Inchaço no pescoço;
- Dificuldade para respirar;
- Nódulo ou caroço no pescoço;
- Rouquidão;
- Dificuldade para engolir.
- Ínguas no pescoço.
Porém, o câncer de tireoide em estágio inicial geralmente apresenta poucos sintomas, sendo um possível sintoma nesse estágio o desenvolvimento de um caroço ou inchaço na região do pescoço.
É crucial falar com um médico especializado se você tiver suspeitas de câncer de tireoide para avaliar e começar o tratamento correto.
Exames úteis no diagnóstico
Para diagnosticar o câncer de tireoide, é preciso ir a um clínico geral ou endocrinologista, que tende a sugerir exames de sangue, como níveis sanguíneos de TSH e T4 livre, bem como a ultrassonografia de tireoide.
Contudo, a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) do nódulo costuma ser recomendada para a confirmação do diagnóstico. Isso porque, permite a detecção de células malignas na glândula.
Mas, há um novo exame que pode ajudar a diagnosticar o câncer de tireoide e evitar a necessidade de fazer uma cirurgia.
Como novo exame ajuda a diagnosticar o câncer de tireoide?
Um novo método descrito na revista The Lancet Discovery Science no capítulo “eBioMedicine”, auxiliou um grupo de mais de 400 pacientes com nódulos difíceis de classificar a evitar 52% das cirurgias.
O diagnóstico de câncer em nódulos tireoide Bethesda III/IV é um desafio, tendo em vista que o PAAF tem suas limitações e esses casos normalmente exigem uma cirurgia diagnóstica.
Dado que 77% desses nódulos são benignos, uma técnica diagnóstica que identifique com precisão os nódulos benignos da tireoide pode diminuir a probabilidade de cirurgias sem necessidade.
Foi feito um estudo multifacetado, prospectivo e do mundo real. Amostras de PAAF elaboradas em 128 laboratórios de citopatologia foram utilizadas nos testes moleculares.
Os pacientes que não indicaram necessidade de cirurgia foram acompanhados de março de 2018 até a cirurgia ou até março de 2020. Um diagnóstico final de amostras de tecido da tireoide foi realizado através de laudos anatomopatológicos pós-cirúrgicos.
Cerca de 435 pacientes (440 nódulos) com classificação Bethesda III/IV foram acompanhados. O percentual de cirurgias evitadas foi de 52,5% no geral e 74,6% para cirurgias potencialmente desnecessárias.
O teste obteve 89,3% de sensibilidade, 81,65% de especificidade, 66,2% de valor preditivo positivo e 95% de valor preditivo negativo. E também apoiou 92,3% das decisões clínicas.
Esse processo pode ser feito com as lâminas de esfregaço de FNA, a fim de subsidiar as decisões clínicas e diminuir as taxas cirúrgicas.
Este novo exame é um classificador de tireoide com base em microRNA, teste genético que fornece mais detalhes sobre as características do nódulo a partir de um mesmo material coletado através da punção.
Tratamentos para o câncer de tireoide
O tratamento varia conforme o tipo de câncer e se ele se espalhou. As opções disponíveis são:
Cirurgia
A tireoidectomia (retirada da tireoide) é um procedimento cirúrgico em que o cirurgião remove toda a glândula tireoide, bem como quaisquer nódulos de tecido linfático aumentados. Depois da cirurgia, é necessária a restituição do hormônio tireoideano pelo resto da vida.
Terapia com iodo radioativo
Este tratamento envolve a ingestão de uma pequena quantidade de iodo radioativo para destruir qualquer tecido que ficou após a cirurgia. Da mesma forma, a radioterapia com iodo radioativo pode tratar o câncer de tireoide que se espalhou para o tecido linfático e outras regiões do corpo.
Radiação externa
Direciona-se a radiação aos nódulos tumorais de uma fonte externa para erradicar as células cancerígenas e reduzir o tamanho do tumor. Essa forma menos comum de tratamento pode ser uma opção para pacientes com câncer avançado que não podem se submeter à cirurgia.
Quimioterapia
Usa-se drogas para se livrar das células cancerosas. A quimioterapia pode ser útil para pacientes com tumores anaplásicos, mas é pouco útil para tratar outras formas de câncer, com exceção de estudos clínicos para doença avançada.
Fatores de risco do câncer de tireoide
Os fatores de risco têm relação frequente ao câncer de tireoide, são eles:
- Radiação na região do pescoço para tratamento de doenças anteriores, ou à que são submetidos certos profissionais no exercício de suas funções ou, ainda, à que foram expostos os sobreviventes de acidentes nucleares;
- Algumas síndromes genéticas;
- História da doença ou de bócio na família.
Conclusão
Em suma, o câncer de tireoide é um problema grave que precisa de tratamento o quanto antes para evitar complicações mais graves. Por isso, caso suspeite que esteja com essa doença, não deixe de consultar um médico para fazer o diagnóstico e dar início ao tratamento.
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